A microbiologia médica é a especialidade que estuda os microorganismos, com destaque para as bactérias, auxiliando ao médico assim no diagnóstico e tratamento das infecções causadas pelas mesmas.

Apesar de sua característica de investigação artesanal e por vezes prolongada, tem um lugar de destaque no diagnóstico da maioria das doenças infecciosas, sendo em alguns casos o único método disponível para o diagnóstico. A quantidade de um dado bacteriológico está diretamente relacionado com a qualidade da amostra. Por isso, é de fundamental importância que sejam observadas as técnicas de coleta, transporte, e conservação da amostras, assim como informações adequadas quanto ao local e tipo de infecção.

Um dado clínico omitido poderá impedir a semeadura em meios adequados ao crescimento dos patógenos prováveis naquele tipo de infecção.

Orientação para a Coleta:

Urina:

É recomendável a primeira urina da manhã (colher o jato médio, desprezando o primeiro jato), sempre que possível, pelo aumento da contagem bacteriana após a incubação “overnight” na bexiga.

Não aumentar a ingestão de líquidos, pois irá diluir a urina e diminuir a contagem de colônias.

Havendo suspeita clínica, porém, de infecção urinária aguda, a urina poderá ser colhida e processada em qualquer horário. Em pacientes assintomáticos, colher três amostras em dias consecutivos.

Preparo do Paciente: o ideal é colher a urina antes do uso de antimicrobianos. Fazer a higiene da região genital com água e sabão. Não usar anti-sépticos. Enxaguar com toalha limpa ou gaze.

Fezes:

O material deve ser colhido antes do uso de antimicrobianos e 4 dias após o uso de contrastes radiológicos. Fezes colhidas nos primeiros dias de doença apresentam mais resultados positivos.

A coleta de amostras sucessivas aumenta a chance de isolamento do patógeno.

Coleta: usar coletor estéril, fornecido pelo laboratório.

Secreções em Geral:O material deverá ser colhido pelo laboratório ou médico assistente.

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